Olha só o tamanho da irresponsabilidade de um profissional do futebol que trabalha em um grande clube brasileiro.
O Flamengo se preparou para a estréia na Libertadores desde o ano
passado quando obteve sua classificação com o título de campeão da Copa
do Brasil. Deixou, inclusive, o campeonato Carioca em segundo plano
iniciando sua participação com a equipe formada por reservas para um
melhor condicionamento físico dos titulares.
Bem, primeiro jogo confirmado para o México, adversário o Leon,
estádio Azteca de belas recordações para o futebol brasileiro e,
principalmente, para o ex-flamenguista Tita, que por lá também é ídolo e
foi homenageado. Início de jogo bem movimentado com oportunidades de
gols para os dois lados logo nos primeiro minutos.
Mas, eis que o “craque” Amaral resolve, após disputar uma bola de
maneira legal, desferir um golpe de MMA no adversário. Eram 11 minutos
de jogo e o péssimo dos péssimos árbitro colombiano Buitrago expulsou o
flamenguista, colocando no lixo tudo o que foi treinado, programado e
levado para o campo na altitude de 1.860 metros.
Se os times brasileiros já não conseguem tirar proveito com um jogador a mais, imaginem com um a menos?
Começou perdendo por 1 a 0 com um pênalti bem arrumado pelo péssimo
dos péssimos, chegou ao empate com um gol de Cáceres onde o assoprador
colombiano marcou pênalti que ninguém viu mas, por incrível que pareça,
como a bola entrou ele deu gol e ninguém do Leon reclamou.
Os flamenguistas não sabiam se reclamavam ou vibravam. Vibraram.
No segundo tempo, Buitrago arrumou mais um pênalti para os mexicanos mas o goleiro Felipe defendeu a cavadinha de Mauro Boselli.
Tudo isso não foi suficiente para evitar a derrota por 2 a 1 em um
jogo que, com 11 contra 11 dificilmente seria perdido pelo Flamengo.
Parabéns Amaral, você conseguiu!
No outro jogo envolvendo equipe brasileira, o Cruzeiro perdeu o
jogo de virada para o Real Garcilazzo do Peru lá nas alturas dos 3 mil e
poucos metros da cidade Huancayo.
Além da derrota no placar, os mineiros perderam também a
oportunidade de protestarem rigorosamente contra o racismo e a
discriminação racial. O jogador Tinga foi hostilizado e nem companheiros
nem clube, tiveram a coragem de se retirarem do gramado se acovardando
tanto quanto corintianos e ponte-pretanos quando foram ameaçados por
torcedores organizados.
No caso de Tinga, será que nem seus companheiros negros se sentiram ofendidos? O árbitro José Argote também foi conivente.
Ele entendia tudo o que estava sendo proferido contra o jogador brasileiro.
Mas, se nem o ofendido reage, o que esperar dos outros? Tinga, que
já está na história do futebol brasileiro poderia marcar com letras
maiúsculas sua participação na história futebolística e social
mundialmente. Que pena. Punição já para o time peruano e seus
torcedores!!