quinta-feira, 25 de julho de 2013

O novo dono da América

O futebol dá sinais que, enquanto a razão refuta, o coração cultiva. Quando Ferreira, aos 38 do segundo tempo, escorregou depois de se livrar do goleiro Vitor diante do gol vazio, foi um indício de que a noite seria mesmo do Atlético. Os céticos agora devem estar torcendo o nariz, porém a sorte também faz parte do jogo. Sorte que tem acompanhado o competente Atlético durante toda a Libertadores.  Aos 41, quando Leonardo Silva meteu a cabeça na bola pra fazer dois a zero, as dúvidas ficaram ainda menores. Vieram os 30 minutos de prorrogação e um misto de esperança e apreensão tomou conta do milionário Mineirão – renda de 14 milhões de Reais, um recorde.  Com um homem a mais em campo, fruto da expulsão de Manzur no final do segundo tempo, era só tocar a bola com carinho e jogá-la na área. Aos oito do tempo extra, Rever acertou a trave depois de um cruzamento; Alecsandro teve outra chance fantástica no finalzinho, mas não teve jeito. Decisão por pênaltis. Era torcer pra que Victor pudesse repetir as defesas salvadoras protagonizadas contra o Tijuana, nas quartas, e Newell`s nas semi. Logo na primeira cobrança, com os pés, ele fez jus à expectativa e pegou o chute de Miranda. Quando Gimenez acertou a trave na última cobrança do Olímpia, acabou o sofrimento. Atlético campeão com toda justiça. E por falar em justiça, menção especial ao técnico Cuca. Rotulado de azarado, ele agora tem seu nome grafado entre os melhores e está no seleto grupo dos campeões da América!

terça-feira, 16 de julho de 2013

Mais um título para Tite e Cia

A taça pode até não ter o maior dos prestígios, mas título é sempre digno de comemorações e o Corinthians o fez com méritos. O campeão da Libertadores 2012 é agora também campeão da Recopa Sul-Americana. É o quarto título internacional oficial do clube bicampeão do mundo e, inegavelmente, há um sabor especial nesta conquista, afinal impôs a derrota ao maior rival no momento: o São Paulo.

Superior nos dois jogos, o Corinthians mereceu o título que lhe garante mais tranquilidade e confiança para brigar pelo que ainda resta na temporada – a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Força e qualidade não faltam. Uma sequência natural para um trabalho competente pautado no planejamento.

Já do lado são-paulino, a esperança de melhorar a autoestima se esvaiu com os gols de Romarinho e Danilo. Já são seis derrotas seguidas – a segunda sob a batuta de Paulo Autuori – e nove jogos sem vitórias. Obviamente ainda não houve tempo para que o novo comandante pudesse impor sua marca, porém o momento ratifica a tese de que a crise tricolor vai além das táticas e das estratégias implantadas por treinadores. A gestão do clube está em xeque, embora o gestor não admita responsabilidade. Há tempos o São Paulo deixou de ser referência administrativa.

Ficou difícil para o Atlético

Um gol de falta no minuto final, o segundo do Olímpia, pode ter acabado com o sonho do Atlético de vencer a Libertadores pela primeira vez na história. É verdade que a decisão será em BH, onde o time de Cuca contará com o apoio da massa atleticana; é indiscutível, porém, que o time paraguaio é osso duro de roer e o Galo vai precisar de nervos de aço para fazer uma diferença de três gols – ou pelo menos dois pra levar a decisão aos pênaltis. Difícil, muito difícil.