Arrebentou do lado do Leão

Qual o interesse de cada torcedor nos motivos da dispensa de um treinador? No duro, nenhum, pois não é de explicações que o fanático vive; só de resultados. Então, temos que o presidente do São Paulo perdeu ótima oportunidade para ser elegante para com Emerson Leão.

Responsável direto pelos atletas contratados, ainda assim, incrível como o dirigente não se sente nada envolvido com a situação deplorável do time de futebol do Morumbi. Justo isso? Se não foi o técnico quem indicou os “reforços”, por que, então, atribuir a ele a falta de resultados, É ou não é?

O que o presidente fez foi repetir velha (e esfarrapada) desculpa, única maneira que os que mandam utilizam quando não desejam criticar a sí próprios

Quem tem o poder não se importa sequer em ser original. Fácil malhar o demitido acreditando dar uma satisfação ao torcedor. Simples e enganoso o expediente. Quem tem um pouco de conhecimento de bola sabe que não é de treinador o problema são-paulino, mas, sim, de ingredientes para que a receita do bolo tricolor dê certo.

Neste novo episódio, o São Paulo encerra de modo decepcionante o ciclo de um treinador que lutou muito – até contra a interferência dos próprios dirigentes em seu trabalho – e perdeu a causa por um só motivo, obviamente coisa antiga também: a corda arrebenta sempre do lado mais fraco…

Justo, muito justo!

Dono da melhor defesa da Libertadores, o Corinthians confiou demais no paredão quase intransponível formado por seus zagueiros. Em vez de marcar no campo do adversário – como havia feito há uma semana na Vila – ficou esperando o Santos lá atrás, em seu campo.

Sem muito espaço, Neymar se movimentou por todos os lados e na primeira vez que ele levou a melhor sobre a marcação – deixou Fábio Santos pra trás – criou a oportunidade do primeiro gol. Lançou Alan Kardec que cruzou para Borges que, por sua vez, desviou na trave. Neymar, que acompanhava a jogada, estava lá pra completar.

Na segunda etapa, o Corinthians voltou com Liedson no lugar do pouco produtivo Willian. A ousadia surtiu efeito logo aos dois minutos. Alex jogou pra área, numa cobrança de falta, a bola passou pelo “Levezinho” e chegou aos pés de Danilo, que nas costas de Durval fuzilou: 1 a 1.

Com o empate conquistado tão cedo, o time de Tite ganhou confiança e voltou a jogar como de costume, marcando a saída de bola e dificultando a saída de jogo do adversário. Neymar, a maior esperança santista, atuando mais pelo lado esquerdo, perdeu praticamente todas para o veterano Alessandro, enquanto Ganso, que poderia ser uma outra alternativa para o Santos, foi uma nulidade.

Melhor para o Corinthians que administrou o resultado e, com toda justiça, chega à sua primeira final de Libertadores.

Jogos especiais

Não estou falando de brilho técnico, porque isso não existiu. Mas, as vitórias do Corinthians e do Palmeiras, foram especiais. Não custa lembrar que  ambos são os lanterninhas do Campeonato Brasileiro, porém conseguiram vitórias maiores, pelo menos a princípio. O Corinthians se impos na Vila, especialmente no primeiro tempo, enquanto o Palmeiras foi fatal,  no final. Claro que, na volta,  as coisas podem ser diferentes, porém, por enquanto, os torcedores darão tréguas aos seus times, até porque, terão prontas as respostas para eventuais gozações. No caso do Corinthians, a equipe é muito bem definida taticamente e o Santos vai sofrer bastante para reverter em São Paulo. No caso do Palmeiras, fosse outro time, e os 2 a 0 dariam total tranquilidade. No entanto, com os antecedentes recentes, até o mais fanático palmeirense, ainda se dá ao direito de ter dúvidas. Ou seja, na semana que vem, teremos, de novo, outros jogos especiais. Estavam mesmo fazendo falta, depois de cinco meses de ridículos campeonatos regionais.

Corinthians e Botafogo decepcionam

 Interessante heim! Como pode uma equipe considerada grande, pagando salários elevadíssimos e em dia, vencendo o jogo em casa, com um jogador a mais, não consegue marcar mais gols e ainda ceder o empate

Assim é o Corinthians, semifinalista da Libertadores e, ainda, sem nenhuma vitória no Brasileirão 2012.

Olha que o Figueirense, mesmo demonstrando em campo ser uma equipe bem treinada pelo ex-zagueiro Argel, não tem nenhum jogador convocado ou lembrado para a nossa gloriosa seleção. Ganhou os dois turnos do Catarinense mas não foi o campeão. Será, mesmo, que a competição nacional é nivelada por cima?

E o Botafogo?

Quando o torcedor se empolga, começa a tirar o sarro nos adversários, lá vem a decepção.

Ganhando de 2 a 0, permitiu que o Cruzeiro virasse em seis minutos, garantindo a primeira vitória da raposa em pleno Engenhão.

Dizem que o placar de 2 a 0 é o mais perigoso do futebol. E tem quem acredita. Eu prefiro pensar que é a soma de muita incompetência. Dentro e fora das quatro linhas. E serve também para quem está ganhando, com jogador a mais, e não mantem a vantagem.

Promessa de jogo bom no Beira Rio

Apesar dos desfalques de ambas as equipes a expectativa é de um bom duelo no Beira Rio

O São Paulo, sem os selecionáveis e com problemas no setor defensivo “ameaça” entrar em campo com uma escalação ofensiva e três homens no meio-campo. Na formação sugerida durante os treinamentos da semana, Leão deve entrar em campo com João Filipe ao lado de Paulo Miranda, fixar Denílson e Cícero na marcação e utilizar Jadson na ligação do ataque. Fernandinho na esquerda, Osvaldo na direita e Luis Fabiano no comando tentarão o sucesso marcando a bola no campo de defesa do adversário.

Se Edson Silva não tivesse se auto-medicado com um remédio que contém substância proibida pelo anti-doping, eu apostaria em um novo 3-5-2, semelhante ao que fizemos contra o Goiás. Sem Rhodolfo e com Bruno Uvini servindo a seleção, Leão não deverea arriscar o único zagueiro que tem para a reserva (Luis Eduardo) na formação que liberaria os alas para o ataque. Cortez e Douglas deverão tomar cuidado com o setor defensivo.

Do outro lado, o também desfalcado Internacional já está definido para a peleja. O argentino Dátolo, que era dúvida, está confirmado para o jogo. Deste modo o anfitrião deverá jogar com Muriel; Nei, Rodrigo Moledo, Índio e Fabrício; Elton, Sandro Silva, Dátolo e D’Alessandro; Dagoberto e Gilberto.

A promessa é de um jogo quente, apesar da baixa temperatura que estará Porto Alegre no momento da partida. São Paulo e Inter são dois potenciais candidatos ao título do Brasileirão. O Tricolor ainda carece de jogadores para posições-chave do time e se suprir essas necessidades sai da condição “potencial” para a condição “real”. Com o elenco atual jogará com a camisa e a tradição.

Ronaldinho mineiro

Ronaldinho Gaúcho surpreende mesmo. Não pelo futebol , que há tempos não é vistoso, mas sim pela capacidade de estar sempre por cima da “carne seca”

O jogador saiu pela porta dos fundos no Flamengo e já é decantado como salvador do Atlético Mineiro. Pouco me importa a vida dele fora das quatro linhas. O que ele precisa mesmo é jogar dentro de campo e isso ele não esqueceu.

Alexandre Kalil é o presidente que Ronaldinho precisa e deseja. Um cara que ama o clube, torcedor e fará tudo para levantar o nome do R10 e do galo mineiro. Bom nas palavras e fanfarrão também.