A taça pode até não ter o maior dos prestígios, mas título é sempre
digno de comemorações e o Corinthians o fez com méritos. O campeão da
Libertadores 2012 é agora também campeão da Recopa Sul-Americana. É o
quarto título internacional oficial do clube bicampeão do mundo e,
inegavelmente, há um sabor especial nesta conquista, afinal impôs a
derrota ao maior rival no momento: o São Paulo.
Superior nos dois jogos, o Corinthians mereceu o título que lhe garante
mais tranquilidade e confiança para brigar pelo que ainda resta na
temporada – a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro. Força e
qualidade não faltam. Uma sequência natural para um trabalho competente
pautado no planejamento.
Já do lado são-paulino, a esperança de melhorar a autoestima se esvaiu
com os gols de Romarinho e Danilo. Já são seis derrotas seguidas – a
segunda sob a batuta de Paulo Autuori – e nove jogos sem vitórias.
Obviamente ainda não houve tempo para que o novo comandante pudesse
impor sua marca, porém o momento ratifica a tese de que a crise tricolor
vai além das táticas e das estratégias implantadas por treinadores. A
gestão do clube está em xeque, embora o gestor não admita
responsabilidade. Há tempos o São Paulo deixou de ser referência
administrativa.
Ficou difícil para o Atlético
Um gol de falta no minuto final, o segundo do Olímpia, pode ter acabado
com o sonho do Atlético de vencer a Libertadores pela primeira vez na
história. É verdade que a decisão será em BH, onde o time de Cuca
contará com o apoio da massa atleticana; é indiscutível, porém, que o
time paraguaio é osso duro de roer e o Galo vai precisar de nervos de
aço para fazer uma diferença de três gols – ou pelo menos dois pra levar
a decisão aos pênaltis. Difícil, muito difícil.
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