Demorou muito, mas finalmente o Corinthians conquistou a América.
Fantasmas foram exorcizados, tabus quebrados, frutos de um
amadurecimento forçado, de trabalho sério e da sorte que acompanha os
campeões
A Libertadores sempre foi o calcanhar de Aquiles corintiano. Chacotas e
mais chacotas eram criadas após estrondosos e dolorosos fracassos. Coube
a esse time, longe de ter o brilho técnico de outros esquadrões – como
aquele de 2000, campeão do mundo, por exemplo – , uma disciplina tática
poucas vezes vista no futebol brasileiro. É aí que aparece o dedo do
técnico. Tite tem todos os méritos nesta estratégia – nem sempre bonita
plasticamente – , porém indiscutivelmente eficiente.
E se a força está no conjunto, difícil centralizar a conquista num
protagonista. Émerson fez os dois gols da decisão, é verdade, mas
Romarinho havia deixado a marca dele em La Bombonera. Danilo salvou o
time contra o Santos; Cássio e Paulinho, contra o Vasco… Sem falar
naqueles que não marcaram gols, todavia tiveram performances de destaque
nos 14 jogos desta edição da Libertadores. A solidez de uma defesa
vazada apenas quatro vezes merece todo o destaque.
Demorou e como demorou! Mas aconteceu da melhor maneira possível.
Incontestável! Conquista invicta, com vitórias sobre difíceis
adversários, especialmente, a partir das quartas-de-final: Vasco, Santos
e o bicho-papão Boca Juniors. É pra entrar pra história pela porta da
frente, carimbar o passaporte e tentar conquistar o mundo, agora no
Japão, também de maneira incontestável.
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