quinta-feira, 12 de julho de 2012

Os operários de Felipão

Fatos que fazem do Palmeiras um baita campeão da Copa do Brasil são consequência do jeito de ser de um profissional acostumado a ganhar troféus – Luis Felipe Scolari. O sucesso de hoje terá sido resultado de um dos mais complicado problemas que ele teve de resolver. Talvez o maior de todos. Com limitações e dificuldades, Felipão foi remontando com enorme paciência um elenco que tinha como maior adversário, por certo, o descrédito

Com sua autoridade precisou peitar até sua diretoria para impor o trabalho que sabia ser o mais correto para devolver aos palmeirenses o orgulho de ter seu time de novo como o melhor de uma disputa. 

Nunca abalado em seu otimismo, levou a peito uma tarefa que só não foi mais árdua porque é um técnico dono de absoluta sua autoridade no exercício de seu cargo. Teve que engolir sapos em tentativas de contratações que lhe negaram. Nunca fez segredo disso. Mas, se no campo administrativo soube acatar decisões das quais discordava, nunca cedeu um centímetro de seu espaço no terreno técnico. Aceitou o duro desafio e juntou sua maior perseverança aos sonhos de sucesso dos atletas alvi-verdes. Fez do jeito como sabe, assumiu tudo e, enfim, entregou a taça que queria dar ao seu clube.

Trabalhou com o que lhe proporcionaram. Inteligente e profundo conhecedor da alma do jogador de futebol, fez do seu grupo, com o correr dos jogos da Copa do Brasil, um time de vibrantes e solidários lutadores, operários da bola, defensores da causa mais pura no esporte – o ideal do torcedor.

Fechados com ele, os jogadores do Verdão atingiram um nível que só as equipes conduzidas por um lider forte e carismático podem alcançar. Aos brados de seu general, jogo a jogo, conseguiram levar a galera verde a comemorar uma conquista que se junta a tantas outros da bela história desse clube vencedor.

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