Não gosto de futebol em Jogos Olímpicos.No máximo algo apenas amador,
para molecada até 15 anos, ou feminino. O masculino e adulto tem a Copa
do Mundo, que, para mim, significa muito mais que a Olimpíada toda. Mais
ainda no Brasil, quando os clubes, medrosos, entregam seus jogadores,
por mais de um terço do Campeonato Nacional, o melhor que temos,
correndo riscos de rebaixamento no ano imediato e, certamente, prejuízos
no ano seguinte. Vide o Santos, que paga uma fortuna a Neymar, o maior
jogador do país e fica sem ele, desesperado, chegando a lutar para não
cair e ficando, quase certamente, sem possibilidade de disputar a
Libertadores no ano que vem. E quando se imaginava que, com o final da
Olimpíada, ele fosse liberado, vem uma convocação para um amistoso
contra a Suécia. Ou seja, ele ainda não volta. Não sei o que os clubes
estão esperando para criar a Liga Profissional. No mundo todo, nos
grandes centros esportivos, as Ligas sempre prevaleceram. Aqui, numa
tacada só, nos livraria da Federações e da CBF. Claro, que a autonomia
para as convocações da seleção, continuaria com a CBF, porém não com o
abuso de hoje, quando usam à vontade, não pagam nada e ignoram os donos
dos contratos, que ficam só com os prejuízos. Por que esse medo? A CBF
não serve para nada. As Federações, menos ainda. São apenas
intemediários, que ficaram ricos, às custas das equipes, e muitas vezes
lhes emprestam dinheiro, comprando-lhes a honra. Tomara que algum dia
apareça alguém com coragem para acabar com essa palhaçada. O tema é tabú
entre os clubes, o que faz dos presidentes, cúmplices desse estado de
coisas. Eles revelam, treinam, pagam, curam seguram as broncas e a CBF
fica com o filé mignon. O medo gera abuso, já que o medroso tem receio
até da própria sombra e não sabe nem a força, e nem o tamanho que tem.
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